Diz
se de uma pessoa arrogante e chata que ela é: cheia de “não me toques”... Podem
me chamar de chata, pois eu sou, ou pelo menos era cheia dessas, como direi,
“restrições táteis”... Deixe-me explicar:

Lembro-me
de uma vez em que trabalhava nos tempos da faculdade, uma menina que eu
conhecia apenas há alguns dias e pouco falava comigo, retirou um cisquinho no
meu rosto, me lembro que no rápido instante em que ela tocou meu rosto eu perdi
o fôlego. Uma mistura de susto, medo, sei lá... Estranheza!

Lembro
da primeira vez que tocaram minha barriga de gestante, ainda não estava tão
grande e eu achei esquisito, afastei a mão da pessoa impulsivamente, depois me
senti meio boba e fui deixando. De repente já não estranhava mais, era bom, eu
mesma sempre gostei de tocar em gestantes e sentir o bebê mexendo (só de
pessoas conhecidas, claro!), e percebi o quanto era especial para os outros
sentirem meu bebe se mexendo. Percebi que não são ofensivos a maioria dos
toques. Hoje já me percebo recebendo e dando beijos no rosto nos cumprimentos
mesmo em estranhos e já não é estranho, é natural, é afetuoso... é bom.
E
quero aprender a tocar mais, beijar mais, abraçar meu bebê, pra que ela cresça
gostando de dar e receber carinho, por que isso é bom e literalmente nos
aproxima das pessoas...
Eu também era cheia de "não me toques". Eu acho que a maioria dos tímidos tem isso e, talvez a maioria dos tímidos tenham pais que não tem o costume de beijar e abraçar. Meu pai mesmo é assim, só dá demonstrações de afeto em datas comemorativas. Já a minha mãe sempre abraça e beija.
ResponderExcluirCom estranhos eu ainda sou meio assim. Abraçar eu até abraço, mas beijar não.
Porém eu acabei me acostumando com a aproximação carinhosa das pessoas. A minha melhor amiga sempre foi muito carinhosa comigo, e quando nos conhecemos, eu estranhei o jeito que ela tinha de ficar me abraçando, porque nunca ninguém "desconhecido" agia dessa maneira, mas acabei entendendo que era o jeito dela e já não me sentia mais "incomodada", porque eu percebia que era muito espontâneo dela.
Outra coisa é que antes eu não gostava quando a minha mãe ficava toda hora querendo me abraçar, mas hoje em dia eu adoro.
Bom, parabéns pela bebê! :)