Quem conhece a sensação de não saber o que dizer na frente de extranhos, não sair tão frequentemente aos fins de semana e da perda da memória quando deve puxar algum assunto...bem vindo ao grupo, apresento a vocês a minha inTÍMIDAde!!!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um anjo do céu

Hoje gostaria de falar um pouco de uma pessoa especial que tem mudado toda minha vida... uma mini pessoinha!

Minha Rafaelinha que é a criança mais encantadora que já conheci, embora seja suspeita para falar por ser mãe... Uma menina esperta, carinhosa, forte, independente e por incrível que pareça: nada tímida!

Minha razão de viver, que mudou muitos dos meus gostos e conceitos... me tornou uma pessoa menos egoísta e mais disposta a me doar.. me faz ver a necessidade de lutar contra a timidez, importância de querer ser cada dia melhor e maior para poder ser um bom exemplo a ser seguido.

Quando se é mãe a vontade é de dar o mundo, tudo que há de bom para aquele nosso pedacinho... todos os brinquedos legais, todas as roupas bonitas, todas as fotos, todos os passeios, todas as cores e luzes, tudo de maravilhoso que a gente vê logo pensa no brilho naqueles olhinhos pequenos... mas o mais importante e que eu procuro sempre me lembrar de dar o melhor de mim, o melhor carinho, o melhor sorriso...

Na gravidez ouvi uma música que era a definição perfeita desse amor: "Um anjo do céu.". Letra conhecida e muito especial:


Um anjo do céu (Maskavo)

Que trouxe pra mim
É a mais bonita
A jóia perfeita
Que é pra eu cuidar
Que é pra eu amar
Gota cristalina
Tem toda inocência
Refrão:
Vem, Oh! meu bem
Não chore não,
Vou cantar pra você (2x)
Um anjo do céu
Que me escolheu
Serei o seu porto
Guardião da pureza
Que é pra eu cuidar
Que é pra eu amar
Gota cristalina
Tem toda inocência



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Humildade sempre

Se tem uma característica que eu admire numa pessoa é a humildade... Trago comigo o bom hábito de tratar bem as pessoas pois coisa que me derruba é grosseria! E como eu já disse certa vez: gritos me travam!

Não me canso de citar o exemplo de uma professora com a qual trabalhei. Ela era Drª em alguma área da Biologia e quando descobri esse fato custei a acreditar. Eu era uma simples bolsista e ela me tratava com tanta humildade e gentileza que mais me parecia uma recém formada. Verdade é que a experiência profissional era e ainda é fator do qual as pessoas muito se orgulham e não sei se inconsciente ou não acabam  por se tornarem arrogantes e grosseiras com quem julgam inferior.
Lá mesmo na universidade tantas vezes percebi o ar de superioridade de diversos professores Mestres e Doutores.
E sobre a famosa frase da internet: "A humildade não te faz pior nem melhor que ninguém..." eu diria que discordo, a humildade te faz melhor (mas claro se vc for humilde não vai concordar), eu via aquela professora como melhor, muito melhor que os demais que não sabiam o significado da palavra humildade.

Os tímidos em sua maioria (ao menos os que conheço) carregam o dom da humildade, ou talvez a timidez se confunda com a humildade... Nunca vi um tímido sendo grosseiro, destratando alguém em público... Ainda que o quisessem...
Eu me considero incapaz de ser grosseira com alguém, se algum dia acontecer pode crer que eu tive muuuuutios motivos, porque realmente eu não consigo ser assim e não entendo como algumas vezes as pessoas conseguem ser assim comigo. quando acontece me deixa tão chateada, pois não considero justo!

Eu acredito e defendo a beleza da humildade...Educação e respeito fazem um bem danado em qualquer ambiente.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Não me toques




Diz se de uma pessoa arrogante e chata que ela é: cheia de “não me toques”... Podem me chamar de chata, pois eu sou, ou pelo menos era cheia dessas, como direi, “restrições táteis”... Deixe-me explicar:
Nunca fui muito de contato físico, sobretudo com quem não conhecia. Em minha casa tinha-se o costume de apenas abraçar em datas comemorativas (aniversários, etc...), beijo era coisa raríssima. E não porque fossemos frios ou não nos gostássemos, muito pelo contrario, nunca duvidei do amor de meus pais e irmãos. Mas mantínhamos certo recato e timidez, muito provavelmente advindo da criação rígida que meus pais receberam na infância (tempo em que se apanhava muito por muito pouco). Desde então sempre achei absurdo cumprimentar beijando o rosto de quem não conheço, abraçar estranhos ou mesmo pessoas não muito próximas na igreja nas confraternizações e qualquer contato muito próximo sempre me assustou de certa forma.
Lembro-me de uma vez em que trabalhava nos tempos da faculdade, uma menina que eu conhecia apenas há alguns dias e pouco falava comigo, retirou um cisquinho no meu rosto, me lembro que no rápido instante em que ela tocou meu rosto eu perdi o fôlego. Uma mistura de susto, medo, sei lá... Estranheza!
Imaginem então como eu tive que lidar com essas sensações durante a gravidez. Minha linda e enorme barriga redondinha era convite tentador a pessoas próximas, distantes e até mesmo desconhecidos, tocarem, acariciarem e para o meu espanto até beijo na barriga ganhei de uma pessoa que eu nunca tinha visto na vida.
Lembro da primeira vez que tocaram minha barriga de gestante, ainda não estava tão grande e eu achei esquisito, afastei a mão da pessoa impulsivamente, depois me senti meio boba e fui deixando. De repente já não estranhava mais, era bom, eu mesma sempre gostei de tocar em gestantes e sentir o bebê mexendo (só de pessoas conhecidas, claro!), e percebi o quanto era especial para os outros sentirem meu bebe se mexendo. Percebi que não são ofensivos a maioria dos toques. Hoje já me percebo recebendo e dando beijos no rosto nos cumprimentos mesmo em estranhos e já não é estranho, é natural, é afetuoso... é bom.
E quero aprender a tocar mais, beijar mais, abraçar meu bebê, pra que ela cresça gostando de dar e receber carinho, por que isso é bom e literalmente nos aproxima das pessoas...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Um dia daqueles...

Sabe aqueles dias... Aqueles de auto-piedade. Dia em que vc quer sentir pena de si mesmo, que quer chorar por besteira, pelos seus problemas medíocres pouco se importando com os problemas reais de milhares de pessoas ao seu redor. Dia de egoísmo, dia de melancolia...

É hoje!



Hoje eu só queria ficar na internet, talvez com um bom chocolate e alguns lenços de papel... "triste como a voz do sino" como diria minha mãe.

Me sentindo triste pela minha condição: infeliz!

Infeliz em ver ao meu redor as pessoas vivendo, aproveitando os dias de sol, as tardes de vento e as noites de chuva, saindo, se divertindo, tendo amigos, aventuras, festas, fotografias alegres e histórias para contar. Enquanto eu aqui acordo tarde sem aproveitar a belíssima visão do sol nascendo no rio a alguns passos de minha casa, passo o dia na frente da TV ou computador e nem vejo o que se passa lá fora na minha rua, na minha cidade, não aproveito a tarde na praia como tantos, não viajo, nem conheço pessoas novas, a noite vem e eu me arrumo pra trabalhar e é minha única saída no dia... até as 23h quando volto para casa para assistir mais um pouco, acessar mais um pouco e dormir, pra acordar tarde amanhã e começar tudo de novo...

Eu não tenho vivido muito ultimamente... nos últimos 24 anos... e isso me deixa num misto de inveja e tristeza por ver que tantos, a grande maioria das pessoas têm vida, e eu venho disperdiçando a minha...


Há alguns dias no Facebook encontrei essa imagem, que tem tudo haver com o que venho sentindo...

3 Anos de Blog

Neste mês de Abril este Blog completa 3 anos de existência... nem sempre frequênte, mas sem nunca parar.

Eu não sei se tem servido ou deveria servir pra alguém tanto quanto me serviu. Mas pelo que vem representando pra mim: uma fonte de desabafo, um lugar seguro onde guardar minhas idéias e expor minha opinião, fiz esta postagem e publico já meio atrasada... Em comemoração... 3 anos de inTIMIDAde compartilhada com quem lê, se identifica, se solidariza ou apenas se distrai com meu blog.

Aos seguidores e aqueles que mesmo em anonimato comentam e tanto contribuem com o conteúdo do blog: Meu muito obrigado!

sábado, 7 de abril de 2012

Tanto faz

Notei recentemente que tenho vivido como se fosse viver para sempre...
Quando tenho que escolher algo geralmente digo: tanto faz... e de "tanto faz" vou vivendo, tanto faz o que visto, tanto faz o que como, tanto faz o que faço de meu tempo livre, tanto faz se sou aceita ou não pelas pessoas...
 
 
E sem perceber acabo deixando de viver bem, de ter o melhor que a vida pode me oferecer. Como se minha vida fosse eterna para eu poder optar depois pelo que eu realmente quero.
 
 
E sem perceber vou vivendo de remendos, de migalhas, de farrapos, mendigando a vida.
Olho ao meu redor e parece que cada pessoa que vejo está se empenhando em viver a vida da melhor forma, tomando escolhar certas, pensando antes de decidir, se arrumando, sendo felizes... e eu por trás da desculpa do "tanto faz", vou colhendo os frutos de escolhas erradas, passando os fins de semana dentro de casa, cada dia mais tendo menos pessoas a quem possa visitar... sentindo menos vontade de me arrumar para sair, de sair para ter a desculpa de me arrumar... e fingindo que não me importo, fingindo que tanto faz...
 
 
Um dia acordei determinada a se diferente a escolher sempre o melhor...durou alguns dias, e no pouco que durou deu certo. Por um breve espaço de tempo me senti confiante, bonita, disposta, determinada... Mas hoje já me vejo novamente achando que tanto faz, que na próxima eu faço melhor... mas e se numa dessas não houver mais próxima?

sábado, 31 de março de 2012

16/03/12 Feche os olhos

Uma priminha minha, muito especial e muito engraçadinha, nos seus onze anos de idade fez uma filmagem que eu não tenho em arquivo, mas guardo na memória.

No vídeo ela e uma amiguinha dançavam na frente da câmera primeiro ela, depois pediu que a colega o fizesse:

- Vai agora é sua vez.
-Ah não eu tenho vergonha!

E a frase que marcou minha mente vinda de uma criança:

- Feche os olhos então e você consegue.

Ela disse com tanta convicção, com ar de quem entendia do que estava falando, como quem já tinha experimentado a tática... Feche os olhos.

Ela uma criança criada apenas pelo pai, sem muitos amigos ao redor, e pelo que muito percebi lutando contra a vergonha, contra a timidez... Fechando os olhos para as barreiras... Carregava um olhar tão triste no lindo par de olhos azul acinzentados... Apenas uma menina... Quantas vezes na vida já tive vontade de fechar meus olhos esperando que a coragem viesse... Fechar os olhos e saltar, me jogar... Enfrentar mesmo que diante do medo... e nunca soube explicar esse sentimento, nunca soube receitar o que fazer...

Também nunca pensei aprender algo tão profundo de uma simples garotinha... um vídeo qualquer... uma situação banal...

FECHE OS OLHOS finja que não há nada a sua frente, não há ninguém, ninguém para ver , julgar, criticar, pense que você é maior que tudo, que há apenas você e a grande satisfação de poder viver de verdade, sem medo, sem vergonha... com coragem para tudo... e aos poucos você vai perceber que não há o que temer, ninguém que queira te por a prova. Percebe que a vida é tão
simples, para se viver com medo de ser feliz, medo de se soltar, de dançar, de sorrir... aos poucos o medo vai embora, mas se a vergonha persistir: feche os olhos e dance no escuro!

29/09/11 Um grito preso na garganta

Eu fico realmente impressionada com a minha capacidade de
falta de reação, com a minha passividade e em como eu consigo me calar quando
deveria gritar, como eu consigo não conseguir agir mesmo diante das situações
que exigem que eu erga minha voz em defesa de mim mesma... e ninguém imagina o
quanto isso dói, não imaginam e como poderiam? Eu não falo.

Tem alguma coisa presa na minha garganta
uma vontade de gritar
uma vontade de chorar
De xingar
Espraguejar
Mandar pra tantos lugares
Tantas coisas, tanta gente,
eu principalmente
Tem uma parede
Uma corda e uma corrente
Um medo, uma fraqueza
E nenhuma vontade de dar um passo em frente
Apenas vontade de mudar
Apertar um botão qualquer
E fazer o tempo parar
Fazer o mundo girar mais rápido
Retroceder ou acelerar
Pra mudar o que está
O presente, o passado
Os presentes, os passantes, os futuros...
Vontade de morrer ou matar
Algo que me mata aos poucos
Quebrar o silêncio, a vergonha, o medo, a dor...
Fazer algum estrago,
danificar algo
Pra mudar o que sobrar.

23/09 Fotos, saudades e timidez (claro).

Eu adoro fotos, gosto de tirar, de posar para fotos (apesar de muitas vezes sentir vergonha dependendo do fotografo) e consigo passar horas e horas olhando fotos antigas, relembrando, sentindo saudades do que já foi, comparando o passado com o futuro. Quem inventou a fotografia (preciso pesquisar no Google, hehe) tem a minha eterna gratidão, por que eu adooooooro fotos.
Hoje olhando fotos dos tempos da faculdade (1 ano atrás) senti aquele aperto no peito típico do sentimento de saudade. Nunca pensei que um período em que eu me alimentava basicamente de miojo e passava altos apuros financeiros (sem falar as horas e horas de estudos, provas, trabalhos e mais os problemas pessoais – que foram tantos), me deixaria tanta saudade quanto a que senti hoje, e olha que eu só olhei uma das pastas de fotos do computador.
Reparei numa sequência de 3 fotos minhas, na primeira eu apareço numa ponte segurando uma mão na outra, com o corpo meio inclinado sorrindo um sorriso cheio de vergonha; na segunda no mesmo lugar a postura está melhor mas apareço colocando o cabelo atrás da orelha ( um gesto que sem perceber eu repito muito) e a ultima foto ainda na ponte apareço numa pose extrovertida um “v” com os dedos um sorriso verdadeiro e cabelos soltos ao vento (uma foto
que gosto muito).
Nesse dia sai com uma amiga e ela era que me incentivava a tentar uma pose mais divertida, e eu vermelha até a ponta dos cabelos de vergonha enquanto os carros passavam, daí o motivo das 3 fotos seguidas. Elas ficaram tão bonitinhas que eu não apaguei!
Certa vez olhando as fotos do Orkut de uma “conhecida” notei tanta diferença nas fotos dela em relação as minhas que me bateu uma leve deprê (bem levinha tá...). A maioria das fotos a trazia rodeada de pessoas, alegres, tão espontânea, tão feliz, tão livre... e nas minhas (mesmo as do Orkut) eu sozinha, sem muita criatividade nas poses, meio travada, dura...enfim.
Fotos são uma paixão minha, mas a timidez gosta de posar nelas junto comigo.

Agora sim...


Não, este blog não está abandonado... Estou de volta. Vivendo um período de grandes mudanças: gravidez, parto, escolhas, trocas de fralda, sem internet em casa e cidade com poucas lan houses, maaaaaaas ainda com os costumeiros problemas de timidez e sempre pensando nas postagens que poderia já ter publicado.
Como as postagens são datadas com o dia em que foram postadas, vou colocando as datas em que foram escritas no título (não que isso interesse muito), mas para que não fiquem como se tivessem sido escritas no mesmo dia.
A quem de vez em quando dava uma passadinha e não via atualizações, minhas sinceras desculpas (sei o quanto é chato) e a quem nem sentiu falta, meus sinceros: fiquem a vontade para continuar acompanhando minha:
inTIMIDAde...