Quem conhece a sensação de não saber o que dizer na frente de extranhos, não sair tão frequentemente aos fins de semana e da perda da memória quando deve puxar algum assunto...bem vindo ao grupo, apresento a vocês a minha inTÍMIDAde!!!

sábado, 31 de março de 2012

16/03/12 Feche os olhos

Uma priminha minha, muito especial e muito engraçadinha, nos seus onze anos de idade fez uma filmagem que eu não tenho em arquivo, mas guardo na memória.

No vídeo ela e uma amiguinha dançavam na frente da câmera primeiro ela, depois pediu que a colega o fizesse:

- Vai agora é sua vez.
-Ah não eu tenho vergonha!

E a frase que marcou minha mente vinda de uma criança:

- Feche os olhos então e você consegue.

Ela disse com tanta convicção, com ar de quem entendia do que estava falando, como quem já tinha experimentado a tática... Feche os olhos.

Ela uma criança criada apenas pelo pai, sem muitos amigos ao redor, e pelo que muito percebi lutando contra a vergonha, contra a timidez... Fechando os olhos para as barreiras... Carregava um olhar tão triste no lindo par de olhos azul acinzentados... Apenas uma menina... Quantas vezes na vida já tive vontade de fechar meus olhos esperando que a coragem viesse... Fechar os olhos e saltar, me jogar... Enfrentar mesmo que diante do medo... e nunca soube explicar esse sentimento, nunca soube receitar o que fazer...

Também nunca pensei aprender algo tão profundo de uma simples garotinha... um vídeo qualquer... uma situação banal...

FECHE OS OLHOS finja que não há nada a sua frente, não há ninguém, ninguém para ver , julgar, criticar, pense que você é maior que tudo, que há apenas você e a grande satisfação de poder viver de verdade, sem medo, sem vergonha... com coragem para tudo... e aos poucos você vai perceber que não há o que temer, ninguém que queira te por a prova. Percebe que a vida é tão
simples, para se viver com medo de ser feliz, medo de se soltar, de dançar, de sorrir... aos poucos o medo vai embora, mas se a vergonha persistir: feche os olhos e dance no escuro!

29/09/11 Um grito preso na garganta

Eu fico realmente impressionada com a minha capacidade de
falta de reação, com a minha passividade e em como eu consigo me calar quando
deveria gritar, como eu consigo não conseguir agir mesmo diante das situações
que exigem que eu erga minha voz em defesa de mim mesma... e ninguém imagina o
quanto isso dói, não imaginam e como poderiam? Eu não falo.

Tem alguma coisa presa na minha garganta
uma vontade de gritar
uma vontade de chorar
De xingar
Espraguejar
Mandar pra tantos lugares
Tantas coisas, tanta gente,
eu principalmente
Tem uma parede
Uma corda e uma corrente
Um medo, uma fraqueza
E nenhuma vontade de dar um passo em frente
Apenas vontade de mudar
Apertar um botão qualquer
E fazer o tempo parar
Fazer o mundo girar mais rápido
Retroceder ou acelerar
Pra mudar o que está
O presente, o passado
Os presentes, os passantes, os futuros...
Vontade de morrer ou matar
Algo que me mata aos poucos
Quebrar o silêncio, a vergonha, o medo, a dor...
Fazer algum estrago,
danificar algo
Pra mudar o que sobrar.

23/09 Fotos, saudades e timidez (claro).

Eu adoro fotos, gosto de tirar, de posar para fotos (apesar de muitas vezes sentir vergonha dependendo do fotografo) e consigo passar horas e horas olhando fotos antigas, relembrando, sentindo saudades do que já foi, comparando o passado com o futuro. Quem inventou a fotografia (preciso pesquisar no Google, hehe) tem a minha eterna gratidão, por que eu adooooooro fotos.
Hoje olhando fotos dos tempos da faculdade (1 ano atrás) senti aquele aperto no peito típico do sentimento de saudade. Nunca pensei que um período em que eu me alimentava basicamente de miojo e passava altos apuros financeiros (sem falar as horas e horas de estudos, provas, trabalhos e mais os problemas pessoais – que foram tantos), me deixaria tanta saudade quanto a que senti hoje, e olha que eu só olhei uma das pastas de fotos do computador.
Reparei numa sequência de 3 fotos minhas, na primeira eu apareço numa ponte segurando uma mão na outra, com o corpo meio inclinado sorrindo um sorriso cheio de vergonha; na segunda no mesmo lugar a postura está melhor mas apareço colocando o cabelo atrás da orelha ( um gesto que sem perceber eu repito muito) e a ultima foto ainda na ponte apareço numa pose extrovertida um “v” com os dedos um sorriso verdadeiro e cabelos soltos ao vento (uma foto
que gosto muito).
Nesse dia sai com uma amiga e ela era que me incentivava a tentar uma pose mais divertida, e eu vermelha até a ponta dos cabelos de vergonha enquanto os carros passavam, daí o motivo das 3 fotos seguidas. Elas ficaram tão bonitinhas que eu não apaguei!
Certa vez olhando as fotos do Orkut de uma “conhecida” notei tanta diferença nas fotos dela em relação as minhas que me bateu uma leve deprê (bem levinha tá...). A maioria das fotos a trazia rodeada de pessoas, alegres, tão espontânea, tão feliz, tão livre... e nas minhas (mesmo as do Orkut) eu sozinha, sem muita criatividade nas poses, meio travada, dura...enfim.
Fotos são uma paixão minha, mas a timidez gosta de posar nelas junto comigo.

Agora sim...


Não, este blog não está abandonado... Estou de volta. Vivendo um período de grandes mudanças: gravidez, parto, escolhas, trocas de fralda, sem internet em casa e cidade com poucas lan houses, maaaaaaas ainda com os costumeiros problemas de timidez e sempre pensando nas postagens que poderia já ter publicado.
Como as postagens são datadas com o dia em que foram postadas, vou colocando as datas em que foram escritas no título (não que isso interesse muito), mas para que não fiquem como se tivessem sido escritas no mesmo dia.
A quem de vez em quando dava uma passadinha e não via atualizações, minhas sinceras desculpas (sei o quanto é chato) e a quem nem sentiu falta, meus sinceros: fiquem a vontade para continuar acompanhando minha:
inTIMIDAde...