Quem conhece a sensação de não saber o que dizer na frente de extranhos, não sair tão frequentemente aos fins de semana e da perda da memória quando deve puxar algum assunto...bem vindo ao grupo, apresento a vocês a minha inTÍMIDAde!!!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Memorias de uma boneca de cristal



Não passo o sinal vermelho

Não ando de pés descalços

Não ponho o dedo na tomada

Não dou gargalhadas
Não durmo sem baby dol

lNão deito depois das dez

Não faço mal criações

Não falo de futebol

Não faço canções
Eu fecho as pernas pra sentar

Eu cuido pra roupa não sujar

Eu tomo o remédio na hora certa

Eu escolho as palavras pra falar

Eu saio na rua à procura de um lugar

Eu espero, eu espero
Eu espero um dia me encontrar

Eu espero um dia

Eu espero um

Eu espero
Eu espero um dia me encontrar

Eu espero um dia

Eu espero um

Eu espero

Eu


(Luka)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Na faculdade

Sair de casa foi um passo serio, que eu tomei inesperadamente, eu vivia uma fase rasoavelmente boa na minha vida em casa, estava vencendo a timidez, tendo "amigos", saindo bastante, sendo feliz, acho que por isso me julguei mais d que preparada para esse novo passo...


Doce ilusão...


"Meu Deus, que cidade diferente...que pessoas insuportáveis, que lugares longes...que curso medíocre...que cansaço ao fim do dia, preparar minha comida, lavar minhas roupas toda semana, a casa sempre uma bagunça...os sabados em casa...quanta lágrima, quanto arrependimento...quanta saudade...."


E voltei a ser a menininha...não consegui fazer amizades...nem ao menos queria isso...apenas eu e os livros, a biblioteca era minha saída preferida...e não só livros didatico, muitas historias banais...banais como minha vida estava sendo...ou sempre fora talvez...


Apenas as férias me alegrava, e logo ví que ja não cabia em meu lar, em minha cidade...vontade de estar em outro lugar mas não fazia idéia de onde!!!


Histórinha de vida:


"dia de trote, e eu seguindo o trote...era pra pedir coisas nas casa para distribuir nos lugares fiantropicos...e eu muda...cara pintada, só seguindo meu grupo, não pedi um grão de arroz...não ia me submeter aquilo...por sorte encontrei alguem como eu, e fiz um dos raros amigos que jamais esqueceria!!!"

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quando faltam as palavras

Hoje mais uma vez fui obrigada a me defrontar com meu maior pavor: gente!!!




"Todos sorriem e conversam animadamente e eu sentada estática...o que fazer? Puxar um assunto? nem pensar...seria loucura todos olhando pra mim e pensando: "Meu Deus ela fala!!", escolhi me calar, essa é sempre minha opção!...hora dos comentarios sobre a semana e o que consigo dizer é: foi super normal a minha!...coisa mais boba de se dizer...nem me passa pela cabeça contar sobre meu dia super especial no estágio da faculdade onde cuidei de 2 bebêzinhos prematuros...muito menos sobre o dia raro e gostoso de frio que fazia, parece que na minha boca tudo fica sem graça..."



O que dizer quando faltam as palavras...oras, resposta obvia: NADA



Histórinha de vida:



"Certa vez meu pai reclamou da reação de cada uma de nos (eu, minha irmã e minha mãe) durante um dialogo...pra mim ele disse : -Fica sempre muda."



Muda, mudar, emudecer...calar-se...sou assim eu...qualquer apuro e eu muda, qualquer desgosto e eu muda...decepções, raiva, alegrias!!!





"[...]Até quando você vai levar cascudo mudo?Muda, muda essa posturaAté quando você vai ficando mudo?Muda que o medo é um modo de fazer censura.." (Gabriel o pensador)

Menininha assustada


Dizem que a raiz de todos os males, esta na infância, eu não discordo...

Tudo pra mim começou na infância o periodo dourado que acabou marcando o ínicio de uma vida bem deprimente (socialmente falando).

Sempre fui uma criança normal, tinha amigos, irmãos, meus pais...mas os olhos sempre foram assustados, olhando o mundo com medo e sem responder a quem me falasse.


"Quem menina boba." "O gato comeu sua lingua?" "Parece bicho do mato!"


Terrível de se ouvir na infância!!!


Mas quanto mais ouvia isso, mas me acabrunhava, me retraía e menos falava...Eu desenhava...


Ah eu desenhava bastante, minha melhor companhia era um lapis ( não precisava de papel, podia ser na parede, calçada...eu era maluquinha!!! criança né?!)


Não sei se tive traumas, mas um psicologo naquela época me ajudaria muito!!!


Histórinha de vida:

"Certa vez fui numa festinha da creche e fui ao banheiro sozinha, a porta do banheiro não estava trancada e abria para fora, então fui chegando e abrindo sem dizer nada, quando uma mulher la dentro sentada no vaso sanitário grita pedindo para eu fechar a porta, então eu fiquei sem jeito, assustada com os gritos dela larguei a porta aberta e sai correndo deixando a mulher lá desesperada e todos rindo ao reor."


Gritos sempre me travavam!!!